Menina criada sem medo, me ensinaram muito cedo que chorar é uma covardia e, além do ensinamento, havia um soneto de meu avô, dizendo: “porque um soldado não chora/ venham os maltratos embora/ seu peito dilacerar.” [...] Para não ouvi-lo engolíamos lágrimas, nunca chorávamos, nunca choramos; antes da lágrima nascer, nós mesmos começávamos a repetir: “porque um soldado não chora”... (p.32)
Eneida de Moraes. Promessa em Azul e Branco.
Nenhum comentário:
Postar um comentário