E se casasse? Seria uma forma de me livrar, mas no lugar
da avó, ficaria o marido. Teria estão que me livrar dele. A não ser que o
amasse. Mas era muito raro os dois combinarem em tudo, advertia minha avó. Nesse em tudo estava o sexo. “Raríssimas
mulheres sentem prazer, filha. O homem, sim. Então a mulher precisa fingir um
pouco, o que não tem essa importância que parece. Temos que cumprir nossas
tarefas, o resto é supérfluo. Se houver prazer, melhor, mas e se não houver?
Ora, ninguém vai morrer por isso”. (p.54)
Lygia Fagundes Telles. O Espartilho. In: A Estrutura da Bolha de Sabão.
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