"Apóia o corpo na janela. Acende um cigarro. Espia a rua, as pessoas, a noite que se cumpre mais uma vez. Liga o rádio. Não ouve a música. Os olhos se turvam, por dentro uma coisa aperta num jeito de quem estrangula. Não pode gritar. As paredes se dobram fremem, prenhes de ironia.
Suspira. Exausto."
Caio F. Abreu. In: O essencial da década de 70.
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